Eu poderia ter sido o vento Ou ter tocado sua alma, Poderia ter vindo de dentro Pra te bulir, te fazer reagir, Poderia, talvez, Ter amado mais, Se amar mais fosse possível. Poderia ter sido o anjo esperado Ou o amor manhoso Que te tirasse dessa inércia, Desse estado doloroso. Mas sendo eu uma brisa, Tão longe, Sem as asas de um anjo, O que me sobra é o amor, Que, astucioso, Cheio de artimanhas, Possa talvez te devolver O sol de uma nova manhã.
domingo, 19 de julho de 2009
O silêncio O silêncio perde-se na imensidão da tua ausência…
O silêncio
O silêncio perde-se na imensidão da tua ausência…
A tua ausência é silêncio…
O tempo já não é tempo mas
solidão da presença.
Perdi este tempo a procurar-te para além da razão…
Agora compreendo que não partiste,
és só ausência de presença.
Fazes parte de mim como faço parte de um todo…
O teu silêncio é o meu,
o nosso, o silêncio de todos.
Lamento em silêncio
o tempo passado
mas o lamento fica só
na solidão do presente.
O presente é a esperança do silêncio…
Ouço-o murmurar nas noites silenciosas,
fala comigo.
Um silêncio feito de penas
mas onde as lágrimas mergulham na palavra da lembrança.
O silêncio traz-me a tua presença…
A espera do gesto perde-se no teu olhar que me traz
todos os gestos de amor fechados no tempo.
O instante da memória
é bem mais que o tempo infinito
com todas as horas.
Não pertences a lado algum
a tempo algum.
Pertences à eternidade,
à intemporalidade.
manuela
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário