Eu poderia ter sido o vento Ou ter tocado sua alma, Poderia ter vindo de dentro Pra te bulir, te fazer reagir, Poderia, talvez, Ter amado mais, Se amar mais fosse possível. Poderia ter sido o anjo esperado Ou o amor manhoso Que te tirasse dessa inércia, Desse estado doloroso. Mas sendo eu uma brisa, Tão longe, Sem as asas de um anjo, O que me sobra é o amor, Que, astucioso, Cheio de artimanhas, Possa talvez te devolver O sol de uma nova manhã.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A Próxima Vez…
O mundo às vezes parece sorrir
Abre todos os caminhos ao sonho
É morada dos meus maiores desejos
Outras, um sítio cruel e estranho
Aos meus sonhos faltaram as asas
Esta alma encheu-se de anseios
O desejo mora no fim da razão
É guardado por um mar de medos
Ao meu silêncio chegou o teu riso
Acendeu-se no tempo a tua formosura
Na voragem da vida ficou um deserto
Onde habita a minha loucura
Este mistério da luz
Incessantes são as marés da vida
Este tempo que corre firme em frente
Não há lugar na lembrança para a partida
Porque da próxima vez
Quero ser palhaço e brincar com a dor
Aprisionar a tristeza em balões de cor
Soltar as cordas que prendem o amor
Quero ser pássaro com penas azuis
Atirar as penas à verdadeira alegria
Voar sempre na procura do sul com norte
Num secreto caminho sem estrela guia
Quero ser barco que foge ao farol
Quero que o vento dance nos brandais
Quero ser viagem de rumo incerto
Quero ser a descoberta na procura do mais
Da próxima vez
Quero ser estrela-do-mar
Um golfinho de chapéu de coco
Um búzio com o som do chamar
Sentar-me no meio de uma nuvem
Ser aquilo que realmente um Deus fez
Quero ser uma singela planta vivendo no verde
Ser apenas…A Próxima Vez…
PUBLICADA POR O PROFETA
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